sábado, 13 de março de 2010

Ofereço-lhe o peito.

' da luta não me retiro.
me atiro do alto,
e que me atirem no peito '

[O Teatro mágico]


Morri duas vezes nesses últimos anos. Em 2008 foi a terceira vez que morri. Na primeira vez, tinha sido de tristeza. E a minha alma foi trazida do Limbo para que pudesse praticar a fé que havia perdido. A segunda vez, foi de medo, porque as minhas estrelas e planetas começaram a cair de um céu que eu tinha inventado pra durar. E ele durou. Só que não para sempre. Durou apenas o tempo que imaginei, como já sabia. Da última vez, foi a morte mais linda que meus olhos já viram, que meu corpo já sentiu: A de amor. Mas não de um amor qualquer. Era de um amor que vinha do infinito de um universo coração, e ele foi tão grande, que o lampejar de suas luzes recobriram a dor e afastaram as sombras. Depois disso, eu não fiquei mais impedida de sorrir. Porque dali pra frente meu sorriso foi tão iluminado, que não podia mais ser suportado pelas nossas vistas. Eu desci de céu em céu, até esquentar meu peito no sol. E vocês não imaginam o quanto ele reluzia no infinito.

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