sexta-feira, 17 de abril de 2009

AS duas estrelas do meu céu são suas.


Não ando me concentrando nas palavras. Queria sentar e a inspiração chegar, mas eu ando focando minhas energias em outro lugar, e como sempre o lugar é você. Tem uma foto sua que eu gosto tanto... Ela é meio tortinha e você ficou todo lindinho. Outra pessoa repararia nos dentes ou em alguma espinha, mas eu não. Até reparo mas é só olhar pros meus olhos e ver que eles não mentem. A minha boca só de ver algum sinal de vestígio teu já começa a querer sorrir levemente. Eu fico lembrando do dia em que nós dois queríamos. Um dia que eu carrego comigo pra onde eu vou, a pedrinha na carteira e o resto tratei de guardar na memória. Cada detalhezinho. O dia que comecei a sonhar em ficar junto com você pra sempre, brigar algumas vezes, juntar os trapos, casar, ter dois filhos e um cachorro. Falaram para mim que a gente não pode falar essas coisas nunca para um homem. Que a gente tem vontade de passar o resto da nossa humilde existência coexistindo com a dele, que você tem vontade de fundir e de falar 'tudo que é meu, é seu'. Mas eu te falei de todas essas coisas. E descobri que esses sonhos eram tão seus também. E descobri que havia mais e que o amor podia muito. Tudo.

// Saíamos com um monte de amigos, eu sorria pra você e só te beijava escondido. ainda assim parecia que todo mundo já sabia! Eu tinha vontade de gritar e contar pra todo mundo quem me puxava no canto pra me dar um beijinho, pra segurar a mão, pra sair no fim de semana e ver o por do sol. Tudo que foi, tudo o que é nosso eu guardo em mim. Eu que cheguei a pensar que deveria ter me livrado de tudo antes, quando ainda havia tempo, quando ainda não era tão viciada em você. Quando eu ainda não falava alto pra você olhar pra mim. Quando eu ainda não passava minhas tardes atualizando meus emails pra ver se chegou notícia sua. Quando eu não passava os dias esperando você me ligar. Quando, antes disso tudo, um abraço não me fazia tremer. Ah, é, teve aquele abraço também(...). No celular, eu contava pra minha amiga da vez que tínhamos ficado juntos, de como tinha sido lindo. Eu desliguei e você me chamou pra sentar ao seu lado. Você me abraçou e a gente conversou como se não tivesse sido só mais um beijo, porque não foi... Como se já não tivéssemos notado que já haviam se passado 10 anos de pois que toda essa história de paixão, amor e blá blá blá começou. Porque não é qualquer eu; qualquer você. Somos nós. Nós que nos conquistamos de alguma forma, nos merecemos, nos completamos, combinamos.

E hoje eu quero só agradecer. Agradecer o quanto você me fez feliz naquele oito de agosto. Foi rápido, mas quando eu ouvi de você, meu melhor amigo que 'queria tentar, que acreditava em nós', eu senti que tudo nos últimos meses tinha valido à pena. Na hora, eu senti coisas que percorreram meu corpo inteiro, eu me sentia orgulhosa de mim mesma. Eu olhava pra você e pensava 'nossa, foi você que eu esperei 10 anos e agora estou aqui; tua mão na minha'.

E é aí que você me deixa tão frágil... Ou tão forte, quando você começa a mexer com meus dedinhos do pé que são tão miudinhos. E mais forte quando brinca com meus cachorros e me mostra um homem carinhoso. E mais e mais forte quando brinca com seu afilhado lindo que dança com você e você o trata como se morresse de vontade de construir uma família e me enche de vontade também todos os dias. E mais e mais forte ainda quando vem na minha casa as duas da tarde e eu abro a porta mesmo ainda estando de pijama porque perto de você eu me sinto segura. Acho que sua missão na minha vida é me fazer feliz. Porque mesmo que a gente não saiba do amanhã, ficar no calçadão sentindo meus cabelos se despentearem quando bate o vento e rir pra você e te ouvir dizer: 'você é linda até de manhã, como pode?' me abastece e me dá vontade de ter mais 9 cachorrinhos só pra você brincar com todos eles. E ainda que a gente não saiba do amanhã, a gente sempre terá tudo.

// E pensar que quando você beijava tanta gente na vida e achava que as nossas bocas nunca se tocariam porque éramos proibidos um para o outro, o que a gente sentia quando estávamos perto já era amor. Já era amor porque só a gente sabia que aqueles nossos programas com um monte de amigos era só uma desculpa pra gente ficar mais perto.
***
Luana Magalhães

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Para um menino com uma flor- Tati Bernardi


Acabo de chegar em casa e ver tudo diferente.
Ainda estou fechando os olhos e tentando encontrar a parte mais quente das suas costas. Ainda estou com este riso bobo na cara, matando a saudade de ter quinze anos e uma vida linda pela frente.
Ainda assim, ainda que amanhã chegue para estragar tudo, poder chegar em casa e ver tudo diferente já são milhões de quilômetros rodados.
Zilhões.

Você não sabe, nem sonha, mas você acaba de zerar minha vida. Minha vida era vestir a armadura e relembrar com dor pela milésima vez todos os últimos podres de todas as pessoas podres que passaram ultimamente pela minha vida. Você acaba de zerar tudo. Com a parte mais quente das suas costas, com o seu medo de beijo na orelha e com o seu jeito de se desculpar por falar demais e balançar os pés, você acaba de me salvar. Este texto é pra te falar uma coisa boba.
É pra te pedir que não tenha medo. Sabe esses textos que eu publico aqui falando bobagem? Sabe esses textos falando que eu sei disso e sei daquilo? Eu não sei de nada. Eu só queria ser salva das pedras, eu só queria aprender a pegar carona nas ondas. Eu só queria poder chegar em casa e ver tudo diferente. Ver tudo bonito. Ver tudo como de fato é. E você salvou minha vida. O mundo está lindo. Não tenha medo. Eu só queria que esta minha vontade de perdoar o mundo durasse. Hoje eu não odiei o Bradesco, a Vivo, meus pais, o IPTU, o motoqueiro que me manda ir mais para o lado, o cara que fala caipira, aquela garota que você sabe quem é. Hoje eu não odiei nada nem ninguém. Eu apenas fiquei lembrando, a cada segundo, que você se desesperou pra encontrar meu brinco de coração. Você quis encontrar meu coração pequenininho no escuro. E você encontrou. E você salvou meu dia, minha semana. E salvar meu dia já são zilhões de quilômetros. Você é meu herói. Não tenha medo deste texto. Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer.
Nem de eu ser assim e falar tudo na lata. Nem de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. Nem de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. Nem de eu ter ido dormir com dor na alma o fim de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora. Nem desse meu agora ser do tamanho do mundo. Eu estou tão cansada de assustar as pessoas. E de ser o máximo por tão pouco tempo.
E de entregar tanta alma de bandeja pra tanta gente que não quer ou não sabe querer.
Mas hoje eu não odeio nenhuma dessas pessoas. E hoje eu não me odeio.
Hoje eu só fecho os olhos e lembro de você me pedindo sem graça para eu não deixar ninguém ocupar o lugar da minha canga.

Tudo o que eu mais queria, por trás de todos esses meus textos tão modernos, sarcásticos e malandros, era de alguém que me pedisse para guardar o lugar. Tá guardado. O da canga e de todo o resto. Talvez você pense que não merece este texto. Há quanto tempo mesmo você me conhece? Alguns anos?
Mas você merece sim. Hoje, depois de muito tempo, eu acordei e não me olhei no espelho. Eu não precisei confirmar se eu era bonita. Eu acordei tendo certeza. Não tenha medo. Eu sou só uma menina boba com medo da vida.
Mas hoje eu não tenho medo de nada, eu apenas fecho os olhos e lembro de você me dando aquela flor, fazendo piada ruim às sete da manhã, me lendo no escuro mesmo com dor de cabeça. Eu posso sentir isso de novo. Que bom.
Achei que eu ia ser esperta pra sempre, mas para a minha grande alegria estou me sentindo uma idiota. Sabe o que eu fiz hoje?
As pazes com o Bob Marley, com o Bob Dylan e até com o ovomaltine do Bob's. As pazes com os casais que se balançam abraçados enquanto não esperam nada, as pazes com as pessoas que não sabem ver o que eu vejo. E eu só vejo você me ensinando a dar estrela. Eu só vejo você enchendo minha vida de estrelas. Se você puder, não tenha medo. Eu sou só uma menina que voltou a ver estrelas. E que repete, sem medo e sem fim, a palavra estrela no mesmo parágrafo.
Estrela, estrela, estrela.
Zilhões de vezes.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Aham...

Sem usar frases dos outros, sem copiar trechos de músicas, nem nada...
Do meu jeito meio desastrado e ansioso eu só quero dizer que gosto de você. Gosto porque quando rimos juntos o mundo pára e porque do nosso jeito a gente se entende, se abraça, se completa, se soma. Gosto porque tem o melhor cheiro, o melhor abraço, o melhor sorriso, a melhor voz, o melhor peito pra eu encostar minha cabeça e descansar do mundo. Gosto porque somos o casal tipão, sou tua menina... e você é o meu tudo: Amigo, companheiro, namorado, amor... É a vítima das minhas idéias malucas e a única platéia que me escuta quando eu invento de cantar. E pra nós dois o coração bate palmas, a vida grita, Deus sorri.
Gosto de você porque gostar não faz sentido nenhum, ou faz todo, não sei...
Gosto, e gosto tanto, tanto, tanto, que sem dúvida nenhuma eu te amo.
Aham, eu te amo...
Maria Verônica Sá

Amor, jazz e vinho barato.






Das duas, uma. Ou você leu meu manual de instruções ou você tem uma bola de cristal em perfeita sintonia comigo. Só pode ser. Porque não é possível alguém ser assim. Alguém que me trata como uma princesa. Que faz todas as minhas vontades. Que despenca de tão longe pra me ver por tão pouco. Não é possível alguém ser tão tudo de bom e fazer tão do jeito que eu gosto. Não é possível uma sintonia tão fina. Uma perna tão grossa. Uma cabeça tão macia. Eu sabia que esse dia ia chegar. E chegou como um samba de carnaval. Me arrancou do chão. Aumentou minha pulsação. Me levou junto. Eu sabia que um dia eu ia fazer tudo certo. E agora eu entendo porque. Porque agora todas as peças se encaixam e não falta mais nada. Você fez a aposta. Eu perdi. Perdi noites de sono em baladas freqüentadas por garotas de saias e cabeças pequenas. Por playboys deslumbrados, com algum dinheiro e nenhum pedigree. Por corpos sarados e mentes doentes. Festas com muita pose e pouca atitude. Com convites que custam caro e pessoas que se vendem por tão pouco. Me perdi e não encontrei ninguém. Torrei meu dinheiro e minha paciência. Estourei meu cartão de crédito e, por pouco, não estouro meus tímpanos. Mas, quer saber? Cansei de música alta. Prefiro quando você fala baixo no meu ouvido. Prefiro ficar vendo os aviões brancos dando rasantes sobre nossos corpos tintos. Prefiro você suave. Prefiro o silencio dos seus olhos me dizendo que me ama. Prefiro sua voz de madrugada. Prefiro quando você se perde nas notas. Prefiro sua música, seu tom. Por você, eu dei uma nova chance a mim mesma. Eu dei minha cara a tapa. Por você, eu voltei a acreditar no amor adolescente e a ter calafrios na espinha. Por você, comecei a ter ciúme. Por você, posso largar música agitada e aprender a gostar de jazz. Por você, eu largo os vinhos baratos, os xampus caros e as roupas curtas. Porque quando você está dentro, não existe mais nada lá fora. O mundo acaba aqui, na gente. Porque você me faz tão sua. Porque você me faz tão eu.


Brena Braz.

sábado, 11 de abril de 2009

Muito amor - Tati Bernardi


"Para os grandes, eu penso. E viro a cabeça pra pensar em outra coisa. É mais feliz gostar, amar é pra quem pode. Mas você ou a vida ou sei lá. Insiste. E então chega enorme. E só me resta rir que nem quando vejo um bebê muito pequeno e lindo. Você ri. Vai fazer o quê? É o milagre maravilhoso da vida e eu ficando brega e cheia de medo e cheia de vontade de te contar tantas coisas e nem sei se você gosta de ouvir meus atropelos. Muito amor.
E então fico querendo não trair a beleza. Com você sinto a fidelidade de ser tranquila. Um pacto de paz com o mundo. Pra não me afastar de você quando estou longe. E é impossível então que os martelos do apartamento de cima sejam realmente martelos. E é impossível que as chatices do dia sejam realmente sem solução. E os outros caras, aviso, olha, é amor. É amor. Ainda que eu quisesse, não consigo mais nem um centímetro pra você. Desculpa. O amor é terrivelmente fiel. Porque ele ocupa coisas nossas que nem existem nos sentidos conhecidos. É como tomar água morna depois de ter engolido um filtro inteiro de água geladinha. Ninguém nem pensa nisso. Muito amor.
De um jeito que era mesmo o que eu achava que existia. E é orgânico dentro da gente ainda que vendo de fora não pareça caber. O corpo dá um jeito. Minha casca reclama mas incha. Tudo faz drama dentro de mim, ainda que nada seja realmente de surpresa. Sentir isso era o casaco de frio que sempre carreguei no carro. Cansado, abandonado, amassado, sujo, velho. Mas, de repente, tudo isso desistente tem serventia e a vida te abraça. O guarda-chuva do porta-malas. A bolsa falsa do assalto que minha mãe mandava eu ter embaixo do banco do passageiro. Sentir isso é os trocos que você guarda pra emergência. Amar grande é gastar reservas e ainda assim ter coragem pra dar o que não se tem. Amar grande é ter vertigem no chão mas sentir um chamado pra voar. Amar grande é essa fome enjoada ou esse enjôo faminto. É o soco do bem na barriga. É mostrar os dentes pra se defender mas acaba em sorriso. É o sal que carrego no fundo falso da bolsa pra quando eu não aguentar a vida. É o açúcar que carrego junto. É tudo que pode sair do controle. É meu corpo caindo. É o desespero aconchegante.E as almofadas de várias cores pra me dizer que pode dar certo."

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Eu e Ele... enquanto amigos...


"Eram bonitos juntos, diziam as moças. Um doce de olhar. Sem terem exatamente consciência disso, quando juntos os dois aprumavam ainda mais o porte e, por assim dizer, quase cintilavam, o bonito de dentro de um estimulando o bonito de fora do outro, e vice-versa. Como se houvesse entre aqueles dois, uma estranha e secreta harmonia."

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sempre Fez





Quantas vezes andei te procurando
Nao sei, nao contei.
Nao percebi que te procurava.
Te queria sem saber,
Te sabia e te amava sem querer.
Te sinto meu, te quero meu.
Nao sei se paixao, se amor, se amigo,
Sei que mais do que tudo, te quero comigo.
Quero te ver feliz em minhas manhas,
Ver teu despertar, teus olhos me encontrando,
Tua boca me deixando sentir teu primeiro gosto,
Teu halito quente e teu cheiro de sono.
Me misturar com teu sonho,
Sem saber ao certo se ja desperto,
Ou se te envolvo em meus encantos,
Em nosso desejo macio e branco,
Perdido e surpreso de tao intenso.
Sentir teu suspiro ao meu toque,
Beijar o teu corpo e ouvir teus gemidos,
Assim te quero...
Te quero e te chamo, e sem chances,
Simplesmente te abraco,
E deixo minha mao na tua,
Na calma de dois em um so
Porque ja te encontrei,
Porque voce sempre fez parte de mim,
E por um querer do destino,
Nossa uniao teve seu tempo certo para acontecer.
E sei quem e voce. Voce sabe de mim.
E deste momento em diante nosso caminho se funde,
Mesmo sem saber ao certo por onde andaremos,
Mas com uma certeza.
Nosso caminho e direto,
Nosso futuro e concreto.
Nosso destino, a felicidade !!

sábado, 4 de abril de 2009

Inveja...

"Não grite sua felicidade tão alto; a inveja tem sono leve."

A inveja, como diz um antigo ditado, é uma meeeerda! Sim, é u-m-a m-e-r-d-a.
Não para quem é alvo dela, não, na verdade esses têm o ego massageado. Se são invejados é porque por algum motivo, causam despeito, aquela sensação de "porque não sou assim" ou "como ela pode ser assim e eu não". No fim das contas, se alguém sente inveja de você, se se incomoda com sua presença, é porque você de alguma forma impressiona e por tanto desperta o despeito e o mal estar em pessoas que se sentem menores e com pouco brilho em relação à você. Coitadas dessas pessoas, elas tem um problema terrível de auto-estima. Por algum motivo, geralmente na aparência, sentem-se sempre por baixo, diminuídas e saem por aí destilando veneno. O que é fod* é que desse jeito, nunca sairão desse estado de espírito tão pouco sociável, que só faz mal a elas mesmas, porque a pessoa que lhe causa inveja esta por aí livre, leve e solta, pronta para tudo que a vida oferece, enquanto os invejosos, estão empoleirados na cerca, feito corvos, observando e se remoendo.
Só digo que para mim a inveja não é nada, não me deixo abater por essas energias ruins, simplesmente porque não fico me comparando a ninguém, porque confio muito em mim, no meu bom astral, simpatia e sensualidade. Sei que não sou "a mais linda de todas" - quer dizer, posso não estar dentro de um padrão de beleza que é estereotipado hoje em dia, mas não ligo mesmo para padrões, porque estou dentro do normal, da beleza admirável interior e exterior, que é percebida por dentro e refletida por fora e feliz porque isso para mim não é o mais importante, nunca foi empecilho para nada, nunca me paralisou me fez desistir da nada que eu queria, nem de ninguém. Percebo tudo o que tenho de bom, e que não deixo nada a desejar a ninguém.

Aos que sentem prazer em invejar, em deixar que esse nosferatus se crie, eu lamento muito, só terão decepções e fracassos na vida e se tornarão pessoas amargas e feias - sim, porque sentimentos ruins, enfeiam pessoas por dentro, o que se reflete por fora.

Luα·٠•●

***
"Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima..."

"A inveja é um desejo paralítico, que não suporta a ambição bem sucedida."

"É tão natural as pessoas destruirem o que não podem possuir, negarem o que não compreendem, insultarem o que invejam."


*+*+*+*+

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"A única coisa que ele quer é me ver bem, a única coisa que quer é me ter. E Deus, eu quero tanto ele, toda hora, todo momento. Então decidi algo que nunca tinha proposto a mim mesma, não vou perder ele, de maneira alguma. "



(Camila M.)
"...Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de fruta em qualquer lugar.

Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e o do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você".



Caio Fernando Abreu
"Das vezes que te vejo e penso o quanto te amo, a que mais me confirmou foi aquele dia no carro, enquanto você conversava animadamente fiquei a te observar, e era tão bom. Vi na minha frente a pessoa que sempre procurei em outros, mas você não me machucava, não cansava, você era tão meu e eu não quis ser ou conhecer outra pessoa.
Entende, quero gastar todo o meu amor contigo.
E há quem diga, que para tudo a uma primeira vez, e nesse caso eu concordo."


(Camila M)
"Fazia tempo que alguém não ficava tão calado enquanto eu apenas existo, fazia tempo que alguém não ficava tão perdido só porque me encontrou. "

Tati Bernardi

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Amo você desses tantos modos



Amo você com a respiração, com o corpo, com lágrimas, com meu casaco lilás de algodão, com minhas botas de chuva, com chuva na janela, com a lua que eu queria ver e não apareceu, com gosto-de-quero-mais na boca sempre que me despeço de você no meio da minha rua deserta por onde você vai embora toda vez que vem me ver, e eu te amo quando tô comendo brigadeiro na panela, quando assisto meus programas favoritos, quando passo noite em claro, quando morro de sono, quando durmo sem sentir, quando sonho com você, naquele ônibus lotado no fim de tarde quando eu o apanho pra voltar pra casa, quando tomo banho, quando escuto minhas baladas bregas e quando escuto nossas tantas músicas de amor, quando saio com minha irmã, quando converso com minhas amigas sobre casamento, quando faço planos de futuro contigo, quando digo que não gosto do nome que você quer dar ao nosso filho, e rio, e quando te beijo de levinho, e quando te desejo, quando você me ama, quando faz sol e calor, e mesmo assim eu não te amo menos.
E eu amo tuas caras de menino pidão, gosto do seu cheiro de menino que tem pressa de tomar banho, gosto do cheiro do seu pescoço, da saliva, do suor, gosto de como você se preocupa comigo, gosto quando diz que sente medo de me perder, amo teu perfume morando nos meus sentidos, gosto de ver todo dia o primeiro presente que você me deu, gosto de ainda lembrar o que você me disse quando me entregou, meio desajeitado. Amo o teu modo lilás de encontrar meu pé gelado e minha orelha de arrepio, e o sabor azul do teu beijo nos meus lábios pequenos, o teu modo mansinho de me cutucar, e o jeito feliz do teu rosto quando vê o meu. Eu gosto, mesmo desgostando, quando você chora, sem medo de parecer fraco na minha frente, e me parece tão forte!
Eu amo você. Amo tanto o modo subliminar com que você fala, até mais que eu em alguns momentos, e eu te sinto tão perto, tão parecido comigo, fazendo mimetismo de amor numa camiseta alaranjada, e acho lindo o modo como você se irrita com a minha surdez-de-velha ao telefone, e gosto do seu ciúme bobo, de como você me protege, de como você tenta me proteger de longe, eu amo até o que eu odeio em você, não sei porquê. E o modo como você trata minha mãe, e toda minha família, até meus bichos. E como você me ajuda quando eu peço, e o jeito doce com que você dorme. Eu adoro o modo como a temperatura do teu corpo se ajusta ao meu, e a meiguice dos teus olhinhos infantis, e o cansaço dos dias neles, que me impedem de te ver. Amo a tua respiração na minha. E as duas tequilas que eu tomei ontem pensando em você. O modo como você tá marcado em mim é impressionante! Odeio esperar pra te ver, odeio mesmo quando você some, mas gosto sempre de lembrar a fragância do seu perfume. Quero sempre esquecer um pouco, mas lembro agora, lembrei antes e vou lembrar daqui a pouco como eu sou louca por você, e o meu sangue vai ferver outra vez, tentando abstrair o vão nos meus lençóis, o espaço vazio no travesseiro. Eu amo o teu jeito tão teu, porque eu amo o teu narizinho e os teus dedos, o teu peito, o teu modo, moço, o teu gosto, o meu cabelo no teu rosto, tua boca na minha orelha, nesse encontro dançante. Queria o pedaço do teu biscoito de creamy mousse hoje de manhã, porque eu amo você. Amo tanto, dos todos infinitos modos que a gente sabe ser, amo você desses tantos modos!




Valdeline Barros