sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Obrigado por vir.


Grita meu nome e me diz “vem”.
Me diz coisas sobre a imensidão dessa cama de noventa, e que não agüentas mais olhar pro céu todas as vezes que ouves um avião passar, pra fantasiar que seria tão bom que ele me estivesse levando para ti, e imaginas teu coração disparar pelos passos corridos até o aeroporto desta cidade e esperar por alguém que no final não chegou. Enquanto eu aqui fico acordando pela manhã, refazendo teu caminho mentalmente, imaginando a sorte que tem aquele senhorzinho que te cumprimenta todos os dias ao te ver passar, e como toda a cidade e o trecho, e a praça e as vilas se tornam mais bonitos quando tu passas diante deles, como se banhassem em cores e recebessem um foco de luz tão forte quanto o farol da Torre Malakoff. É como se tu mudasses os caminhos por onde andas. E eu sei que você vai dizer que é um pouco de exagero meu, e que faço uso poético, mas é que te imagino assim, porque desde o dia em que chegaste a minha escuridão também se encheu de luz. O que estava morto voltou a viver e o meu pessimismo crônico passou a receber injeções de otimismo concentrado.
Eu tenho que confessar que depois que o vento passou sem dó e eu caí do pé, deixei de acreditar nessa coisa de amor, e mesmo sustentando um discurso de que sim, não - eu já não acreditava mais. Nessa época o amor pra mim significava dor, desprezo, um dar sem receber. Pensava que não era coisa pra mim, e não porque eu não pudesse dar, mas porque eu deixei de acreditar que houvesse alguém que eu pudesse amar e que pudesse me amar também. Até que tu chegaste e eu te ouvi dizer pra eu começar a me acostumar com a idéia de ser amada também. Portando-se feito fosse minha recompensa.
Ah, se eu soubesse que quando eu plantava dor era pra colher você!
Diz pra mim que sabes que a minha sede se sacia à tua beira.
Diz que sou tua, só tua e de mais ninguém. Senta e come, porque valeu a pena preparar um banquete mesmo sem saber se tu chegarias ou não. Chegaste. Sacia-te pois.
Eu também não imaginava que era assim tão bom e tão sereno ao mesmo tempo. Eu que passei a quarta parte de um século contemplando a sorte, hoje sinto que ela me contemplou também.
És a resposta que eu tive da vida quando a desafiei sobre se valia à pena seguir acreditando nisso que eu chamava fábula, e que hoje enche o meu peito, como se em mim batessem mil corações.




(Por Dani C.)






Prepara um abraço apertado que eu estou chegando! : )

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

Prosa do Grande Amor

Eu gosto de dizer que te amo mesmo sabendo que pra ti já não é novidade, e gosto também quando sem ter a mínima dúvida disso tu ainda me perguntas. Eu gosto de saber que me amas do tamanho de um avião, de um transatlântico, do sol visto da metade de caminho e mais um quilômetro, pra não queimar.
Eu gosto de beijar teus olhos, sorrir pra ti sem ter motivo aparente e te ver sorrindo pra mim também sem motivo aparente pra quem vê de fora. Mas eu sei porque sorrimos. E tu também o sabes. Eu gosto de despertar pra te ver dormir, mesmo que tenha muito, mas muito sono: te ver descansar me faz descansar também, me enche de paz, me faz sentir como se o dia tivesse terminado da maneira mais correta que poderia terminar. Eu gosto de estar do teu lado, de andar ao teu lado, e de te abraçar pra nos proteger do calor sem dó dessa cidade que creio que já estou aprendendo a gostar mais ainda por saber que guardam marcas dos teus passos debaixo das poeiras dos meses e meses sobrepostos.


Eu me sinto feliz contigo, a mulher mais feliz do mundo quando fechas os teus olhos e a tua voz diz todas as coisas que o teu corpo quer dizer, e que você sabe que eu adoro ouvir. Eu gosto quando sobre mim descansas, te recompões. Te abraço forte pra que sejas completo, beijo a tua testa pra demonstrar todo o meu carinho, te ofereço o meu peito pra que descansasses no teu sono e me sinto radiante assim.
Eu coleciono horas pasmando e olhando os teus olhos grises, ora negros, outrora casatnhos e gravo o teu rosto na minha memória porque ainda vivemos dias que temos que aceitar a despedida.
Eu abracei as tuas costas e beijei a tua nuca, eu te passei o copo e ouvi as tuas historias, teus pontos de vista, tuas conclusões. Eu leio teus livros e as tuas anotações de lápis me parecem mais interessantes do que a própria historia; eu me perco em ti.
Eu me apaixonei por ti, meu bem, e me apaixonei por todo o teu mundo.
Eu finjo pra mim mesma que o tempo passa rápido e trato semanas como quem trata horas só pra não doer, mas se dói, quando te vejo, tudo já fica bem outra vez.
Eu vou ao teu encontro ainda com o coração saltando de alegria, as mãos suando e a barriga congelada por dentro, e ao te ver, o resto do mundo perde a toda a importância no mesmo segundo.
Eu estendi tuas roupas ao lado das minhas no varal da minha casa e me senti tão segura, e achei tão bonito isso, mas me calei.
Eu me sinto tranqüila porque o nosso partido não é um coração partido, e a nossa novela não é um dramalhão mexicano, cheio de dores e golpes, de mentiras, de malícias. E eu peço à sorte que os nossos ânimos nos conservem assim.
És a minha sorte, és o meu desejo de ser a melhor pessoa que eu possa ser, e também és pra mim a melhor coisa que tenho. Entraste em mim e curaste cada uma das feridas que de noite vinham transformar meu travesseiro em pedra.
Eu gosto tanto de saber que vivo em ti e tu em mim.
Eu gosto tanto de ti...


(Por Dani C.)



"No me cansaría de decirte, nunca, que eres tu toda mi fortuna. No me cansaría de adorarte, siempre en esta vida. Haria lo que fuera por tu compañia, siempre, siempre, siempre... A tu lado quiero estar... Si estamos juntos que más dá? Tu y yo es mas que suficiente".

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Olha,valeu por me seguir.Também estou te seguindo....

Olha,valeu por me seguir.Também estou te seguindo.
Os textos estão ótimos e as frases também.
Sim.mais uma coisa.Bela seleção de imagens viu?
Abração

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

['O bonito deles é a coisa mais simples em suas histórias: de alguma forma silenciosa e cheia de esperança, eles esperavam um pelo outro, embora nenhum pedido tenha sido feito.']

[Sim, é assim mesmo s2]

ADORO:

" acordar com teu bom dia preguiçoso. Me mudar pra debaixo do
teu cobertor pra poder passar o frio. tentar te jogar fora da cama
pra gente viver lá fora. Descobrir que viver ali dentro era melhor
que o mundo lá fora. Ficar olhando teu sorriso que eu adoro e cutucar
cada sinal no teu corpo que eu também adoro. "

***



Deitada em teu colo, observando alguma coisa acontecer entre a sala e cozinha de casa, mas talvez nem ligasse, queria mesmo era que não parasse de fazer o cafuné nos meus cabelos desorganizados. E a gente fica ali, naquela brincadeira de implicar um com outro até que eu seguro teu rosto entre minhas duas mãos e te puxo pra perto dos meus olhos pra dizer o que está preso embaixo da minha língua. Olho nos teus olhos castanhos e você me sorri. quase já sabendo o que eu vou te contar, mas não conto ainda. (mas quando vejo teus olhos brilhando com uma felicidade tão verdadeira é que eu tenho mais certeza de tudo) Levanto e digo: “eu te amo mais que tudo", você me diz o mesmo, e me beija.


abre os olhos que o sol insiste em acordar, estica o braço e acaricia os cabelos de sua menina. suspira leve e sorri. é, está tudo ali, não foi um sonho que você acorda e depois esquece. tantas cenas que virariam fotos, eternizando coisas gostosas de lembrar em um domingo de chuva, em um domingo de sol. tantos planos na primeira pessoa do plural, tanta vontade de viver, de sentir o vento quente anunciando o verão que parece estar aqui há muito tempo já. tanta sede dessa felicidade que nos encontrou e que, sem pedir licença, nos invadiu e ocupou todos os espaço em branco e encheu de cor, de amor.
-

feliz sou eu.

É um sacode-a-poeira constante.

Sim. Ela traz cartas na manga. Pra cada tristeza no dia, ela tira um sorriso de dentro do bolso. E o sorriso é mágico porque faz milagres. Até limpá-la por dentro ele consegue. Deixando-a novinha em folha, pronta pro novo. E pros tombos muitos que hão de vir, mas que ela sabe que não a derrubarão pra sempre. Porque ela sabe que além de sorriso mágico ela tem também um talismã escondido num frasco, embrulhado num papel crepom. Presente de sua geração passada, representando a força, a sabedoria e a serenidade. Já dizia a vó que, serenidade é tudo nos dias de hoje. Vai ver ela tinha razão. Mas é dificil manter-se serena depois de quedas e traumas. Mas ela tá tentando. E sabe que nesse mar da vida ela vai até o fundo. Procurar o tesouro que há por lá, escondido, como tudo o que é bom. Mas sem a ajuda do escafandro. Porque ela quer ter visão de tudo. Ela quer ver o brilho, sentir o gosto, tocar no doce. E tem fôlego pra isso. A vida é. E ela não espera.


do blog: http://blog-fuzue.blogspot.com/

Pequeninices grandiosas.

Mais triste é quem diz que para um problema só existe a solução da matemática. O que me faz feliz, são coisas pequenas: um lindo arco-íris, riscando o fim de tarde... Eu olho pra você e vejo toda a graça, seus olhos brilham pretos, seus lábios sem palavras, seus gestos com timidez, seu rosto sem segredos. Guarde esse amor, ele é todo seu. Lindo como a flor, livre como um Deus...


(Nando Reis)

da volta.

''Olho o céu com paciência. O azul não me cansa.

Uma ave voando não significa que está partindo.

Uma ave voando pode estar regressando.''
[Capinejar]

domingo, 3 de janeiro de 2010

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

"Entre as coisas que mais amo nessa nossa eterna história, estão os momentos que você sussurra eu-te-amo-demais com cara de criança levada, quando todos desviam os olhos de nós, e numa atmosfera como a de esconde-esconde, só nos vemos a nós e todos os outros “tudo” convertem-se em “nadas”. E eu amo quando os teus olhos brilham e refletem os meus e quando teu sorriso se torna espesso e esplendido diante daquelas nossas flores, ou daquelas nossas músicas, ou daquelas nossas letras, ou daquelas nossas cores... Daquelas nossas cidades, daqueles nossos nomes...Daqueles nossos números.Dos nossos planos loucos (e lindos!). Porque és quem me faz a pessoa mais feliz de todas as eras quando, ainda que fabulosamente, me diz que teremos um lugar só pra nós, e que um dia tudo isso vai passar e que tudo vai ficar bem. Minha alma estremece quando da tua boca ouço os planos que tens pra nós, quando dizes que faremos aquela viagem praquele lugar bacana, e que sairemos por aí, quilômetros afora em busca de tesouros perdidos e de campos de girassóis. Amo a tua voz macia e as tuas palavras de algodão-doce, a textura da tua pele, o teu cheiro e o cuidado com que trata o meu coração.

Ao teu lado sempre será o melhor lugar do mundo."