quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cotidiano











...E lá estava eu, aos 7 anos de idade, ensaiando versinhos e apontando
os lápis gastos por gostar de brincar de fazer as palavrinhas darem as
mãos. O mundo achava uma belezinha, meu pai achava caro comprar
livros infantis e eu achei o sentido disso tudo só uns tantos anos depois.
Valeu pra vir aqui e tentar traduzir um terço desse sentimento, desse
jeito meloso e com um pingo de pretensão de gente que acha que sabe
falar por palavras.


Mas sobre você, eu não sei falar nem por gestos. Incabível em qualquer

língua, mímica e até nesse meu olhar pequeno, que se perde na dúvida
entre um olhar de criança abandonada que finalmente achou um lar ou
de mulher bem resolvida, cheia de mistérios e expressões que te
convençam e chamem pra dentro. Eu não sei traduzir você, e talvez por
isso eu te ame tanto.

(Mika)

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