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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Presente de Deus.

Para ouvir durante a leitura...



Hoje resolvi falar de um coração: O Meu. Por várias vezes já me arrisquei a falar. Perdi a conta do tanto que tentei quantificar. Me embolei para tentar explicar. Definitivamente não há uma forma de se descrever sentimentos que vão além do corpo e do coração. Simplesmente porque eles pertencem à alma, à essência.
Hoje eu resolvi transcrever para o papel a pureza desse sentimento que sempre existiu. E que cresce e se fortalece a cada dia, só para provar ao mundo que o Amor existe, e que pode ser bonito, sincero e tão natural.

Não minto nem exagero ao dizer que descobri a felicidade há quase 2 anos. Muitas vezes, só descobrimos o que é ruim de verdade, quando conhecemos o que realmente é bom. E, diga-se de passagem, tudo com ele é bom. M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o. E às vezes essa descoberta está ligada a uma simples atitude de coragem.
Sempre admirei pessoas que amam assim, Gigante. Pessoas que têm a coragem de arriscar, mudando aquilo que já não está legal e não lhe faz feliz. Poucas pessoas têm essa coragem. A maioria se acomoda, e por vários fatores que podem envolver tempo de relacionamento, dependência, filhos, e principalmente, a acomodação.

Muitas pessoas que viveram situações semelhantes à minha,me admiram pela coragem, pela atitude de querer mudar. Pessoas estas que não tiveram a mesma coragem, a mesma atitude, a mesma sorte. E sorte foi algo que eu tive assim que pude perceber que poderia viver sem qualquer pessoa no mundo, mas não poderia deixar de tê-lo ao meu lado, porque ele já era para mim  a pessoa mais importante do mundo há muito tempo. E mais sorte ainda eu tive, quando ele também me quis.

Minha história com Cesar levou exatos 10 anos para acontecer. E não podia ser mais perfeita.  Ao longo de todos esses anos eu fui feliz, mas fui triste também. Tive lá os meus casinhos... Sim, porque antes deles eu também fui trouxa por um tempo; mas só por um tempo (mas deixa que isso é assunto para outra história, que na certa eu nunca irei escrever.)

O fato é que durante nove longos anos, nossos encontros se davam, na maioria das vezes, entre amigos. Nossas conversas eram sempre longas. Nossos assuntos, os mais diversos. Gostávamos de estar na companhia um do outro. Ainda que por telefone. Ouvir aquela voz era como uma sinfonia de querubins em meio às loucuras e decepções da vida. Era paz. Minutos de alegria em uma vida complicada e triste que me fazia ganhar o dia e voltar pra casa feliz.

Há quem aposte tudo o que tem na vida, para provar que tivemos um rolo nesses nove anos. Mas a verdade é que depois que saímos da escola onde nossa amizade aconteceu, cada um foi seguir sua vida. E se naquela época já existia um sentimento, ele ficou registrado em cartas trocadas com um pouco de mágoa naqueles papéis de onde os sentimentos não souberam sair. Foram fortes o bastante para resistir por todos esses anos. Mas na época eram ainda imaturos, porque não tiveram coragem para se declarar durante um ano letivo inteiro. Decidimos então, guardar esse sentimento na “gavetinha do coração” (era uma frase que ele sempre me dizia, que eu morava na gavetinha do coração dele; o que significava que quem estava na gavetinha, estava guardado para sempre *.*).  

A prova desse lugar especial que ele sempre teve em mim, era quando alguém me dizia para pensar em alguém que me fizesse bem, que eu quisesse bem. Eu fechava os olhos e era nele que eu pensava. Sempre foi nele. Em pensamento, em silêncio, sorrindo, lembrando, ou imaginando como teria sido se tivéssemos tido coragem na adolescência. A música de Cássia Eller me fazia pensar nele. Porque eu já não acreditava mais em um final feliz juntos. Muitos anos haviam se passado. Eu já tinha compromisso. Ele também.

E foi assim por todo esse tempo. Até que numa noite de fevereiro nosso amor floresceu. Não havia lua no céu, mas irradiava magia no ar. Luzes piscavam, havia muito barulho, as pessoas dançavam loucas na rua. Era carnaval. Foi Deus conspirando e naquele momento nos decretando que seríamos um do outro. Estávamos ali, um para o outro, porque Deus nos permitiu. O momento, aquele beijo, o desejo, a magia estão tão presentes em nós, que parece que todo dia é a primeira vez. Esperar todo aquele tempo tinha valido à pena.

E o tempo, esse mesmo que passou devagar, se encarregou de deixar as coisas no lugar, organizar outras, e nos preparar para o que hoje decidimos viver juntos. Ás vezes a gente até brinca se perguntando porque demorou tanto, mas sabemos que Deus sempre esteve lá, naqueles momentos em que eu pensava nele em silêncio, naqueles momentos em que ele lembrava de mim com aquela ternura especial. E que se Ele decidiu por nos fazer esperar por tanto tempo, era porque tinha que escrever tudo direitinho, e nos deixar viver tudo o que tínhamos de viver, para nos encontramos inteiros; puros.

E isso é o que há de belo em nós. Um amor que surgiu na amizade. Numa amizade que sempre teve o amor.


** E Feliz 2 Anos pra Gente! **

sábado, 12 de junho de 2010

É Ele.

Por quem meus olhos brilham
Meus dias se iluminam,
Meu sorriso é mais feliz.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Explicando Melhor.


Foram raras as vezes em que me expus, dando uma opinião que fosse realmente minha ou expressando um sentimento verdadeiramente vindo de mim. Na maioria das vezes para externar, o que fazia era buscar palavras que pudessem de alguma forma traduzir meu sentimento no momento em que as procurava. E muitas das vezes achei. E achei também que talvez eu não tivesse esse mesmo dom; o de me expressar. Vejo o quanto reprimi meus sentimentos durante boa parte da minha vida, e, quando chegou o momento de externá-los, eu não soube como fazer... ficava perdida, muda, sem palavras.



E foi aí que o amor chegou. E então eu aprendi. E resolvi fazer ao contrário de tudo o que eu já vivi. Hoje não mais calo; falo. Não só sinto; exponho. Confesso que palavras, textos e frases prontas me ajudaram muito, mas hoje eu tenho uma inspiração a mais para falar: Esse Meu Amor Maior por Ele. E é tanto que minha vontade não é só demonstrar, falar e escrever. É gritar aos quatro ventos, pro mundo todo e para quem mais queira ouvir o quanto aquele homem me faz feliz. O quanto ele mudou a minha visão das coisas, os meus sentimentos, a minha vida. O quanto me tornei melhor - melhor, filha, melhor irmã, melhor amiga, melhor esposa e companheira, enfim - uma pessoa melhor. E tudo isso devo à ele, que com todo esse amor que sempre guardou para mim, me mostrou a pureza dos melhores sentimentos e me ensinou também que às vezes expressá-los não precisa nem procurar palavras e talvez nem ter um dom, porque de toda forma elas acabam surgindo como inspiração em um coração feliz e faz transbordar na aura, nos olhos e na alma, enchendo de luz por dentro, e refletindo por fora.



Quer coisa mais linda que isso?
Não há.

sábado, 29 de maio de 2010

Coração Blindado.

"Coração blindado não pega feitiço
O amor constrói a força da paixão
Vai incomodar mas não ligue pra isso
Não escute os fofoqueiros de plantão

Vai daqui dali aos trancos e barrancos
Quanta coisa que a gente superou
O tesouro bem maior que conquistamos
Vem com a quantidade imensa de amor

Mas tem gente que não pode, não pode
Ver ninguém ver feliz que sofre, sofre..."

Ternura

"Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente: “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo não sabendo o quanto eu () amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.


E fiquei feliz. Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Coldplay no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você. Até hoje. Até essa manhã..."

(texto perfeito, que se encaixa em uma de
nossas fases-o início de tudo-em fevereiro
de 2008; pleno carnaval.)

* Sobre anênomas, estrelas e bem querer *

Hoje eu acordei completamente apaixonada por ti.

Não que nos outros dias eu não estivesse apaixonada por ti, mas hoje quando os raios solares entraram no meu quarto mesclados com o anil de um céu de brigadeiro que sorria para toda a gente, eu tive ainda mais certeza.

Pois é, e preciso dizer isso pra ti.

Talvez seja por esse teu jeito de bem-me-quer e bem-me-quer. Porque contigo é sempre manhã de sol a pino. Mesmo quando tudo está assim-assim arranjamos uma maneira de tentarmos a felicidade.

Deve ser esse amor descomunal o qual tenho por ti e porque quando eu perco a fé na humanidade tu me encoraja novamente para acreditar nas pessoas.

É como se fosse o processo de um lixinho reciclável. Eu te entrego uma garrafa velha, opaca, riscada e tu me entregas de volta um vaso todo trabalhado e entupido de girassóis para eu enfeitar a minha mesa de estudo.

Também devo crer que essa paixão seja pela maneira como tu cantas para mim quando ninguém está olhando. Porque daí tu és só meu. E eu sou só tua.

E talvez seja porque tu és a minha prosa, o meu versículo preferido.

És me salvador de um limbo interminável de coisas angustiantes e tolas.

Porque o tempo que deve ser amigo íntimo de nós tem feito com que esse amor apenas cresça dentro dos nossos dois peitos. É incrível perceber que a cada cinco segundos passados eu sou um tanto mais tua e assim por diante.

Porque a primeira coisa que em ti notei foram essas ternas mãos. Que quando tocaram às minhas quiseram ser dois pares inseparáveis. As tuas mãos e as minhas mãos que já tinham lembranças de outros rostos, de outros corpos, outras memórias se fundiram. E as tuas mãos só querem as minhas e vice-versa.

E em algum futuro bem próximo saberão que tu és um santo, tentarão te colocar no altar e tu vais dizer que estás acostumado com situações mais amenas e correrá para os meus abraços e dirá a eles que queres ficar assim por algum tempo.

Eu deveria dizer que fico emocionada cada vez que esparrama tuas tristezas em meu ombro. E eu sou a mulher em que tu confias para dizer que tudo ficará bem.

(Tudo mesmo ficará bem).

Porque se morássemos dentro do mar seríamos anênomas e corais.

Porque se habitássemos o céu seríamos asteróides e estrelas.

Porque nós dois juntos, somos mais belos.

E se "mal-me-querem" os outros.

Tu apenas bem-me-quer.



PS: o óbvio ululante - EU TE AMO.

* Na cafeteria *

Sobre a mesa, uma pasta, uma bolsa, um guarda-chuva preto (e um céu que não queria chover), adoçante, açúcar (esqueceste de pedir o mascavo), sorrisos largos, uma bandeja "suicida", uma fatia gigantesca de torta (que tu juraste que não comeria inteira), um café com leite, um expresso duplo, pequenos goles, grandes planos.E quatro mãos que matavam a saudade.



- Um dia, casa comigo?



- Caso.





PS: Porque de vez em quando a poesia não está nas linhas, entrelinhas, reticências, letras do Djavan, na voz da Marisa. De vez em quando a poesia habita dois corações. E apenas dois corações sabem do que são capazes.



PS do dia de hoje: E venho casando contigo todos os dias da minha vida. : )

Ligando os fatos

"...E pensar que quando você beijava tanta gente na vida e achava que as nossas bocas nunca se tocariam porque éramos proibidos um para o outro, o que a gente sentia quando estávamos perto já era amor.
Já era amor porque só a gente sabia que aqueles nossos programas com um monte de amigos era só uma desculpa pra gente ficar mais perto."

Conchinhas do mar.

"Desde então, desde o dia que te conheci, parei de procurar as conchinhas coloridas na beira do mar. Desde o momento em que estamos juntos, as conchas que eu tanto queria, fiz com as tuas mãos unidas às minhas.
Temos em nossas conchas não mais barulhos do mar. Temos dentro de nossas conchas furtacor, agora, o amor de todo o mundo guardado.
E por favor, não fiques chateado, se por um minuto eu fechar os meus olhos. É só para pensar em ti."

Assim.

Porque você é o azul na minha pintura, meu amor! ;)
Lilás... é como escrevo o carinho da tua mão nos meus cabelos.
É mágica! Segredo nosso.

Tu vieste.

"...Vieste, sem que eu suspeitasse, sem avisar, nem um telefonema antes, uma mensagem... E foi assim que eu não tive tempo pra me preparar.
Não tive tempo pra me sentar diante do espelho e fazer aquele penteado que eu sei que você gostaria, nem de tirar do roupeiro o vestido rodado – cheirando a guardado - de “mocinha-que-está-esperando-o-amor-chegar”.
Quando chegaste, eu não havia ainda perfumado toda a casa pra te receber, nem pensado no que te dizer. E não tive tempo de colher do jardim as flores que atravessaram primaveras esperando o momento da tua chegada, as que preencheriam o vaso oco de cima da mesa da sala-de-estar. Não pude te preparar algo de beber, nem algo de comer. É que eu devia saber desde o início que tua vinda assim sem dizer, era um modo de me ter crua, despreparada, como tudo aquilo que você sempre preferiu. É a tua simplicidade quem sempre joga todos os meus planos perfeccionistas pelo chão e me faz feliz.
Eu, na verdade, já nem imaginava mais que tu virias.
Mas tu vieste à mim como vem o sol para a noite fria. Vieste com doçura e me encheste a vida e o querer de cores. Vieste puro, cheio de sorrisos e com um punhado de suspiros guardados no bolso.
Vieste como há séculos havíamos combinado.
E foi quando me deste a mão, que eu te reconheci.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Infinito ou *Das coisas que eu já sabia*




Foto tirada em março de 2008, 
quando tudo começou...
 
 
 
 
 
"A verdade é que eu já sabia que era para sempre.
E tu apenas começavas a saber..."

Pra Você Que Eu Amo

Sou uma coleção de marcas tuas, meu bem. Tu não refletes nos meus olhos só ao estar diante de mim. Eu sou você refletida quando não estás aqui, e o meu riso delata que eu encontrei o amor, e não um amorzinho desses qualquer, dessas paixõezinhas baratas que a gente vê enlouquecer as pessoas por mundo afora. O que eu encontrei, senhores, não foi um amor desses melodramáticos, de murros e beijos, de perdas e danos. Ainda bem que não... O amor que eu encontrei é um amor de certezas, de paciência, de bondade. De confiança de que é em mim que tu pensas quando te deitas, mesmo que a tua cabeça descanse um profundo sono cansado. É um amor que me agita por dentro só em pensar que tu estás chegando, e é tão gostoso isso de saber que o teu também ferves por dentro no mesmo momento e pelo mesmo motivo que eu. Não há sensação melhor do que sentir o teu abraço ao meu redor. O mundo anda mal, meu bem, a crise anda enlouquecendo as pessoas. Tem um montão de gente desistindo todos os dias. Sim, os tempos são maus. Não é fácil tragar esse vinho amargo que as circunstâncias nos proporcionam, mas não amargamos não. Não desistimos não. Porque tu não estás só. Em todo esse universo, nessa vida ou em qualquer outra, no bom e no mau, eu estou contigo. Eu não estou só, porque tu estás comigo. Tá tudo bem então. Vejo gente desesperada, buscando qualquer coisa interessante que possa fazê-los seguir adiante, gente que perdeu a fé, sabe, meu amor? As pessoas andam cansadas de tanto fazer girar essa roldana ingrata que no fim das contas não te dá nem um obrigado. Às vezes pesa demais essa roldana, meu bem, porque eu também a giro. Mas quando eu lembro de você tudo fica mais leve. Eu tenho motivos pra não parar de girá-la, de continuar na briga. E quando não estou pensando neles alguém sempre vem e me diz que a minha cara denuncia que por aqui tá tudo bem. E esse bem se chama... tu. Simples assim. São as marcas tuas espalhadas pelo meu corpo inteiro, como tatuagem por dentro e por fora da minha pele. Foi você quem mudou o meu perfume, e me faz exalar essa coisa tão positiva, e eu te agradeço por isso, te amo por isso, te quero cada vez mais por isso.


Por enquanto, a primavera vai cobrindo toda a Galicia de poeira amarela, e eu vou ensaiando baixinho nesses vinte e três metros quadrados, que temos que ir a comprar porque a geladeira anda vazia das suas bobagens e da minha comida sã. Mas sem que ninguém escute. Tem gente que não entende o que é sonhar... Melhor guardar esses meus delírios pra mim mesma.
Termino assim, como quem não termina.

Te amo. Te amo todos os dias.

A tua,

Lu.




(dani c.)

Te juro amor eterno.


Mas não um amor insano que não se preocupa em durar, amor que se vê partir. Juro amor maior, aquele que é cultivado em um jardim secreto e regado com a mais pura das águas: a compreensão. Juro cada segundo, mesmo nas horas que não me pedires, darei todas a ti. Te juro meu colo amigo e palavras queridas, para quando quiser chorar e lamentar alguma partida, tenha onde se esconder e se abrigar. Te juro meus olhos fixados no seus como se houvesse somente nós no mundo. E há somente nós no mundo. Juro estar contigo hoje e amanhã, mesmo sendo o futuro incerto demais. Te juro sinceridade e compaixão para que possas enxergar as pessoas com outros olhos. Te juro por fim tristezas, não muitas, para que você veja que nem tudo e nem ninguém é demasiado perfeito. E que as alegrias possam fazê-lo esquecer as lutas que foram travadas, e todas as lágrimas derramadas. Te juro essas promessas, pois te juro meu amor, somente o meu coração e o meu coração com alma, já te pertence.

Nathalie Palhares, adaptado.

Amém.


Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais doídas não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, ínfima, tímida, para ver também um bocadinho de céu. 
Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem de sentir confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor. 
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. 
Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. Tomara.

Ana Jácomo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Porque tinha de ser.


- Ele me pediu em casamento.
- Não foi o primeiro.
- É... não foi!
Mas foi o primeiro que quis aceitar.

Até o fim.

"Quando a gente conversa contando casos, besteiras
Quanta coisa em comum, deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer, me dá um medo, que medo
É que eu preciso dizer que eu te amo,
te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo, tanto..." (Cazuza /Dé /Bebel)

A vida te dá uma rasteira. Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Você sente dor, perde o rumo, perde o senso e promete: paixão, nunca mais. Você sente que nunca irá amar alguém de novo, que amor é conversa de botequim, ilusão de sentido, que só funciona direito para fazer música, poesia e roteiro de cinema. E você inventa. Um amor pra distrair. Um amor pra ins-pirar. Um amor pra trans-pirar. Uma paixão aqui, um quase-amor ali. Ainda bem que existem amigos para amar, abraçar, sorrir, cantar, escrever em recibos e tirar fotos bonitas. E a vida segue. Feliz. Sua imaginação te preenche, seus amigos te dão colo, vodka e dias incríveis. Aí do nada ele surge. Ele. Ele que é diferente de tudo. Ele que é tudo. Mas tudo não existe. Ele sim. Ele existe. E gosta de Vinícius, de praia, de palavras simples e café na cama. Ele que é lindo. Vocês estão ouvindo? LINDO! Lindo por fora, mas infinitamente lindo por dentro. Que tem sonhos molhados, planos no varal e o coração atirado na mala. Ele que não se parece com nada. Ele que combina comigo. E não tem medo. Será que estou sonhando? ELE NÃO TEM MEDO! Ele não gosta do morno, de mais ou menos, de música feia, nem sentimento pequeno. Ele que me abriu o verbo, me fez chorar, escancarou o coração, confessou o que não se diz e me sentiu. Lá de longe, no fim do mundo, ele me sentiu. Me enxergou por dentro, me chamou de anjo, disse que eu sorria lindo e me deixou tímida. Entenderam? Ele me deixou tímida! E me mandou músicas lindas, versos lindos, devolveu minha esperança, me fez querer acreditar de novo. Ele que não gosta de jogo, que tem o sorriso mais lindo do mundo, que não pára nunca de sorrir e me olhar. Ele que não pára nunca de se buscar e me encontrar... Ai, pára tudo. Eu quero um All Star porque eu vou casar. Eu não gosto de tênis, vivo de salto ou chinelo, mas eu quero um All Star 36 porque eu vou me casar com ele. Porque planos nem sempre dão certo e a gente tem que ousar e desafiar a razão: eu vivo para sentir. E eu sinto que quero estar com ele. Agora. Quero viver com ele na casa de armário pequeno, ter uma filha que não se chama Maria e viver de amor. Sem medo. Sem planos a longo prazo. Vou viver e ser. Vou viver, ser e amar. Vou viver, ser, escrever e amar. Com ele. Até o fim.

sábado, 1 de maio de 2010

* Para ti, todo o (meu) amor *

Posto que Deus te criou para a minha alegria, devo ser a ele muito agradecido.

Foi ele também que fez estes teus traços que parecem roubados de quadros de pintores renomados. E só dessa maneira eu posso explicar como foi teu aparecimento em minha vida naquele fevereiro muito quente de 2008.

Quando surgiste no horizonte, a terra começou a soluçar plantas altas que davam flores perfumadas, flores grandiosas e delas nasciam frutos que tornavam-se o jantar predileto dos passarinhos. Pois bem, naquele fevereiro foste a salvadora das criaturinhas voadoras.

Naquele mês, São Gonçalo ficou completamente colorida. E eu não mais só.

Tatuaram então os anjos em meu peito (com um coração afoito de ti):

"Moça linda, sou teu".

Toda a multidão antes cinza celebrou a tua chegada.

E eu que estava em cima do mais alto jatobá para ficar mais perto de Deus, gritei alto para "Ele":

- Paiqueridodocéuobrigadopelabenção.

E Deus, que gosta de todos seus filhos, com uma voz terna (como de todo o pai), me disse:

- Vai, filho. Vai fazer feliz a tua bonita moça.

E eu prometi para aquele que fez o mar, a nuca clara do meu amor, o céu estrelado, o preto -azulado do lápis que pinta os olhos castanhos da minha menina linda, os golfinhos, o polvilho para fazer as deliciosas rosquinhas que eu a faria para sempre feliz.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mais Uma De Amor

Mais Uma De Amor


O teu amor encheu o meu peito num momento em que o queriam transformar em um jarro vazio, por pura maldade. Te encontrar foi como descobrir uma fonte de águas no ponto mais seco do deserto mais quente que eu já ousei atravessar. Fechei meus olhos pra descansar debaixo de uma sombra qualquer e vi cores, tantas cores, mais de sete, e decidi me levantar pra te dizer que o teu amor trouxe graça pro meu mundo até então preto e branco, feito curta-metragem dos anos trinta, apaixonado por qualquer coisa, mas sem amar em paz. Foi contigo que aprendi que amor é sinônimo de paz. Teu amor abriu os meus olhos pras coisas que eu também posso querer, e eu já não penso mais em histórias-pra-não-dormir. Vou com força, vou em frente, por mim e por ti sem desistir.
O teu amor me curou da dor, da insegurança e da fobia de estar só, e quando eu olho pros próximos anos eu vejo você parado na minha direção e sorrindo pra mim, dizendo que tudo vai ficar bem.
É o teu amor me faz confiar em ti.
Deve ser por isso que toda vez que penso em ti, sinto esse cheiro de alecrim, louro e flor de laranjeira, cheiro de coisas felizes, de dias de sol, manhã de abril. E deve ser por isso também que ainda hoje sinto como se mil borboletas levantassem vôo no meu ventre quando te vejo ou te sinto chegar, como na primeira vez. Por isso eu prefiro lutar contra o meu e o teu sono, ainda que cansada, por ter umas horas mais olhando esses olhos e esse sorriso que desafortunadamente demorei 26 anos pra encontrar, mas que afortunadamente encontrei entre placares numa esquina de uma rua lotada. Agradeço à sorte, ao destino, à Deus, aos trevos de quatro folhas, aos anjos, ao universo, ou a quem quer que tenha sido tão legal comigo à ponto de trazer você pra mim, a ponto de me fazer entender que algumas vezes a gente vai deixar de acreditar, mas que existem muitas coisas que não são mito, são reais mesmo, e uma delas ainda é o amor. E sempre será, porque sempre foi.
Diz pra mim que a dor de não ter o teu rosto todos os dias quando desperto é momentânea e não chores nunca mais por eu ainda não poder ficar. Beija os meus olhos com essa tranqüilidade que vem de ti e me inunda, aperta o meu corpo contra o teu e sorri pra sorte, meu bem. Porque aqui não precisamos mais esperar que seja o vinte e um de setembro.
A nossa primavera acontece todos os dias.

És o meu amor,
A minha paz.




Por Dani C.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

CUIDAR DE VOCE

Pergunto o que seria do nosso amor
se a gente não fosse tão diferente
dos que não regam a rotina de poesia e chá de maçã...





Quando alguém de fora não entende nosso amor, brinco que você é quem me puxa pelo tornozelo quando o caos da cidade parece querer me engolir. Ou mando buscar aquela foto bacana que fiz de você com cara de quem não tem nada a ver com minha paz. Ou peço pra voltar ao maio que cedi meu suéter marrom e fiquei na maior pompa, segurando no osso o frio desgraçado. Ali, sem querer, predisse: vou cuidar de você.

Gosto disso, parece que finalmente sei fazer como ninguém algo nesta vida. Faço questão de estar de plantão naquele santo lugar, se num dia cheio de ambulâncias, buzinaços, marmita, cordões de isolamento, betoneiras e esporros desenrolam um fio de impaciência no teu dia, se a usual alegria recolhe a mão, se a tristeza vira um pedacinho teu.



A chave (que você sempre esquece) na fechadura é tua dor se debruçando em qualquer coisa que não pareça um buraco negro sem fim. Me alegro em pensar que meus braços parecem um tanque de calma que você mergulha quietinha, trêmula, menina. Fica ali, aninhada, lavando as manchas da alma, respirando baixinho minha serena confiança de que tudo fica legal, como se meu peito fosse o último tubo de oxigênio de todos os ambulatórios do planeta.



Sou teu ar, o irmão mais velho que nunca teve, teu anjo, teu sonho, teu fogo, aquele ursinho que caiu no poço quando era uma guriazinha esguia em 1991. Tem dias que cuido das tuas costas, outro cuido da bata rosa que adora usar e não sabe passar a ferro, outro cuido do teu mundo perfeito, do filme que vai passar, do teu banho, do teu bastante caldo de feijão com pouco sal, da tua havaianas 35, encardida, verde-água, perdida na varanda.

  

Ao chegar mais ou menos pelas dez e meia da noite, quando terminam as luzes do prédio, quando paira a brisa outonal, quando já compensei todas as merdas do mundo fazendo tudo ou qualquer coisa por você, é a hora que a gente se basta, se encontra sem saber que braço é de quem, pra finalizar o dia com algum aconchego, algum prazer.



Ali renovo outra vez que sempre estarei lá, aqui, do lado da calçada onde passam rasantes os carros, abrindo a lata de atum, medindo gotas de tylenol na colher de sopa. Mas sem palavras, só com os lábios mornos procurando tua nuca no escuro dizendo que vou cuidar de você. Aí, minutos antes de você tapar os olhos de mel e recolher o último sorriso, pergunto o que seria do nosso amor se a gente não fosse tão diferente dos que não regam a rotina de poesia e chá de maçã.



As horas passam e parece até que o sol da manhã sabe que acordei do seu lado, antes de você, sem saber que braço era o meu, que fiquei um tempinho te olhando dormir de boca aberta feito nenê, antes de recomeçar todo sacrilégio com um "vem amor, tá na hora de acordar". É amor, quem ama, cuida. Será tão difícil os outros entenderem?